O amor dói
(novelo sem linha):
ora te constrói
ora te definha.
quinta-feira, 25 de março de 2010
SÓ O AMOR II
Comparar o que é incomparável
− o que viaja sem passaportes,
o que dispensa quaisquer transportes,
o que não é aurora nem ocaso,
o que te invade sem alarde,
o que confunde o sul com o norte,
o que em plena tarde te abate,
o que te deixa à própria sorte.
Se eu pudesse, compararia:
o amor é o ar que se respira.
− o que viaja sem passaportes,
o que dispensa quaisquer transportes,
o que não é aurora nem ocaso,
o que te invade sem alarde,
o que confunde o sul com o norte,
o que em plena tarde te abate,
o que te deixa à própria sorte.
Se eu pudesse, compararia:
o amor é o ar que se respira.
SÓ O AMOR
Este teu amor é milagreiro
e faz de mim um cego bem no meio
do penhasco, onde cada passo
precisaria ser planejado
− ali não há nenhum intervalo,
mas visito e sou visitado
por uma coragem infinita
que me ergue e me ilumina.
Teu amor generoso ensina:
tudo começa quando termina.
e faz de mim um cego bem no meio
do penhasco, onde cada passo
precisaria ser planejado
− ali não há nenhum intervalo,
mas visito e sou visitado
por uma coragem infinita
que me ergue e me ilumina.
Teu amor generoso ensina:
tudo começa quando termina.
terça-feira, 16 de março de 2010
INTENSIDADE
Não há luz no universo
que se compare ao brilho
deste teu olhar infinito
- esplendor do azul aberto
onde o céu está contido
e o mar elege abrigo.
Não há poema ou verso
que traduza o espectro
de uma nova saudade
que me doma e me invade.
que se compare ao brilho
deste teu olhar infinito
- esplendor do azul aberto
onde o céu está contido
e o mar elege abrigo.
Não há poema ou verso
que traduza o espectro
de uma nova saudade
que me doma e me invade.
sexta-feira, 5 de março de 2010
CIGANO
O poema não tem casa
nem encaixada palavra;
nele não há matiz ou plasma
─ só o desdém à tua lágrima:
é éter que evapora,
que dói e vai embora.
nem encaixada palavra;
nele não há matiz ou plasma
─ só o desdém à tua lágrima:
é éter que evapora,
que dói e vai embora.
terça-feira, 2 de março de 2010
SALTOS
Virá um tempo
do fim dos fins
feito este vento
a ventar em mim.
Virá um tempo
do entendimento
natural e nascido
na força do infinito.
Virá um tempo
do discernimento
de amor costurado
na tesoura do pecado.
Virá um tempo
do doar intenso
de amor, de asas e deste exercício
de se pular no seu próprio precipício.
do fim dos fins
feito este vento
a ventar em mim.
Virá um tempo
do entendimento
natural e nascido
na força do infinito.
Virá um tempo
do discernimento
de amor costurado
na tesoura do pecado.
Virá um tempo
do doar intenso
de amor, de asas e deste exercício
de se pular no seu próprio precipício.
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Marlos Degani
- MARLOS DEGANI
- Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
- Marlos Degani, Nova Iguaçu/RJ, é jornalista. Lançou o seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2006 e que conta com a apresentação do poeta Ivan Junqueira, imortal da Academia Brasileira de Letras, falecido em 2014. Em setembro/14 lançou o segundo volume de poemas chamado INTERNADO, também pelo formato e-book, disponível nas melhores livrarias virtuais do planeta. Em 2021, pela Editora Patuá, lançou o seu terceiro volume, chamado UNIPLURAL. Participa como poeta convidado da edição número 104 da Revista Brasileira, editada pela Academia Brasileira de Letras, lançada em janeiro/21, ao lado de grandes nomes da literatura brasileira.