Eu sou um eu que quer ser ele mesmo
provar o sabor desse arbítrio
e o que há nele de doce, de infinito,
de amargo, de sonho e pesadelo;
ser este incompleto em erros e acertos
que não inveja a loa do outro, o ouro
a brilhar na retina, nem mergulha no poço
onde mora a fonte do pranto alheio.
Eu sou um eu que quer ser ele mesmo,
pois aqui nenhuma aula se cabula,
nenhuma lição, diurna ou noturna,
deixa de ser ministrada pelo tempo.
A vida que me some e me subtraia
no inexato gume da sua navalha.
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