Não deixemos desatar os nós de nós
dois; não afrouxemos os laços
erguidos em agridoces bordados
de dores distintas que se fecharam sócias
e ligadas livremente pelos polos
que antes as mantinham afastadas
quando, escurecidas, ignoravam
o mútuo desejo que une os opostos.
Não entreguemos o segredo do cofre
à ânsia nefasta da harpia
camuflada nas penumbras do dia
e na inveja que transborda de seu copo:
guardemos dentro da gente, alados,
este amor que nos fez abalroados.
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