Posso me esfregar nas coxas da madrugada,
espalhar risos fáceis, ladrar feito um cão,
mas é somente sob a luz deste teu olhar
que o dia nasce e não há constelação
em lugar algum, nem nos confins do universo,
que brilhe mais e me tire da escuridão.
Posso me enganar nas armadilhas do verso,
sofrer sozinho e encharcar o teclado,
mas é somente no poema do teu amplexo
que reúno em êxtase os meus estilhaços
onde ninguém mais poderia reconstruir
esta alma hemorrágica e em pedaços.
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