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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CLANDESTINOS

Notei sem querer um longo fio do seu cabelo
camuflado numa dessas selvas do meu peito;
trêmulo, o alojei entre os bordos dos meus dedos
e enquanto, feito um enredo, se desfazia o novelo,

seus nós se prenderam em mim como se meus pelos
fossem o antídoto que curasse todos os seus medos,
que guardassem em extrema segurança os segredos
que choramos e cheiramos juntos no seu travesseiro.

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com