Não vejo mais as ruas, os jardins,
nem o mar e tampouco as estrelas.
Não cheiro mais do olor das esquinas
e nas auroras não mato a sede
dos copos teimosos da madrugada;
o céu escureceu as minhas lentes
e eu mesmo me fiz entorpecente
no pó congelante da tua falta.
Assim, versos em versos rabiscados,
hachuro as maquetes desses dias,
duma fragílima engenharia
que desmorona quando o sol nasce.
Teu corpo é a única imagem
que persigo. Em todos os lugares.
Marlos, seus versos são intensos que chegam a deslocar o pensamento. " e eu mesmo me fiz entorpecente" é de chorar de emoção... Beijos...
ResponderExcluir