Quando fores me amar, faças nua.
Tires os diplomas, dês tua alma,
tires os cartões, as chaves do
carro...
Tires tudo, pois não serás mais tua,
mas deste mundo que te emolduras
toda na silhueta do meu corpo,
dois em um: o pintor e a pintura.
Fundidos. Soldados. Ferro e fogo
até ao ponto onde só nos reste
a humanidade e uma prece
para ver se Deus faça infinita
esta fogueira que nos ilumina.
Nem mesmo a manhã brilha mais
lívida
do que nossas línguas numa só
língua.
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