Clamo ao fantasma que me habita
um só momento solto destas algemas
que enclausuram de forma definitiva
a vontade passageira de admitir o poema,
de passear serelepe na orla de um mar
qual fosse a exatidão perene das baías,
de poder chamar o pôr-do-sol de poesia,
livre dele e da censura do seu crivo tutelar,
vigilante e atento, que, até durante o meu sono,
crava nos íntimos sonhos a sua pena de ferro
a borrar qualquer tentativa do poema aberto,
negando-lhe a matéria do alto do seu trono
silencioso que orbita por entre céus efêmeros,
um só momento solto destas algemas
que enclausuram de forma definitiva
a vontade passageira de admitir o poema,
de passear serelepe na orla de um mar
qual fosse a exatidão perene das baías,
de poder chamar o pôr-do-sol de poesia,
livre dele e da censura do seu crivo tutelar,
vigilante e atento, que, até durante o meu sono,
crava nos íntimos sonhos a sua pena de ferro
a borrar qualquer tentativa do poema aberto,
negando-lhe a matéria do alto do seu trono
silencioso que orbita por entre céus efêmeros,
pois o horizonte que busco é utópico e inexistente;
ouço apenas um recado deste obsessor que me atormenta:
― O poeta não tem saída: só lhe resta a derrota do poema.
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