A tarde jamais se basta...
É tal como o poema:
nunca é; sempre está
no centro da ampulheta.
Quem poderia, poeta,
saber de todas as cores
que vêm desta aquarela
mameluca quase roxa?
O vapor deste cenário
conecta os horizontes
do pincel e da palavra:
duas pistas, uma ponte.
E a imensidão rasga
a folha do alfarrábio.
Nem o céu, nem o poema
pertencem ao teu esquema.
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