Agora o céu se faz todo ocre
naquele instante em que a tarde
entoa o ponto (o que invoca)
de outro Rei que será majestade
do reino do breu que se aproxima
veloz, entretanto, suavemente
e que trafega entre um matiz
laranja travestido de magenta,
coisa de carmim ou de rosas múltiplos,
quase inertes nas rochas das nuvens.
E de repente tudo se resume
numa fenda escarlate e única.
E o dia sucumbe ao ocaso
da fresta: a noite fecha a casa.
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