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terça-feira, 26 de novembro de 2013

VÁCUO


 
Usas a fábula

como apoio

deste ataque

vil e absorto

 

(feito se fosses

rei do açoite)

que desferiste,

dedo em riste,

 

bem no poeta

já que pareces

que tens na pele

a chave mestra

 

dos cadeados

de sua alma

e da sentença

que o condena

 

− rito sumário −

ao breu do beco

onde os falsos

se movimentam.

 

Não há surpresa

todas as cartas

estão na mesa

sob um opaco

 

conto de fadas

onde poemas

− meras ciladas −

fingem presença

 

já que fingida

é tua vida

que acha isso

mas é aquilo

 

− morto é vivo

vivo é morto.

O teu arroto

é teu abismo.

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com