Usas a fábula
como apoio
deste ataque
vil e absorto
(feito se fosses
rei do açoite)
que desferiste,
dedo em riste,
bem no poeta
já que pareces
que tens na pele
a chave mestra
dos cadeados
de sua alma
e da sentença
que o condena
− rito sumário −
ao breu do beco
onde os falsos
se movimentam.
Não há surpresa
todas as cartas
estão na mesa
sob um opaco
conto de fadas
onde poemas
− meras ciladas −
fingem presença
já que fingida
é tua vida
que acha isso
mas é aquilo
− morto é vivo
vivo é morto.
O teu arroto
é teu abismo.
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