Foi no teu poema trinta e dois
− este que eu nunca escreveria
e que, fato, e muito, gostaria,
mas tudo que tens, eu jamais teria:
“Como Assim?” É assim que começas,
do começo deste balé de versos,
do calafrio quente, às avessas,
do último poro da minha pele
ao tutano dos ossos da costela,
entretanto, não há o que traduza
este ar rarefeito, esta nuvem,
um outro pedaço do universo
enquanto eu (ou) via, à deriva,
teu Lago dos Cisnes da poesia.
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