Flagro-me poeta: imerso no blecaute
silenciosíssimo da madrugada
(ringue de sangrentas rinhas da palavra,
onde quem tomba é o fingidor, Mandrake
fracassado da cartola vazia
sem ilusionismo ou despiste
pois o poema é negação, antimagia
alquímica, a majestade do que não existe).
O susto persiste feito o frio da coxia
e acompanha o poeta nesta inglória
busca sem alvo, além da utopia
cega, vil, egoísta e melancólica
do homem e da sua chaga aberta: ferida
que não entende o fim como partida.
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Marlos Degani
- MARLOS DEGANI
- Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
- Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com
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