Persigo o poema — exato exaspero — mesmo quando adormeço
(nesta caçada pantanosa, espessa, sem medalha e sem vantagem
já que o alvo é inatingível, holográfico, uma ardilosíssima miragem
nômade, efêmera, insistente: algo desprovido de fim ou de começo
e que advoga veemente sobre a exeqüibilidade desta tese que o eleva
para uma dimensão ignorada pelos poetas, onde não há o que se encerra).
Por que resistir contra a força dessa garra que te prende na veia da floresta,
quando é a mesma e única que te resgata do poço e que depois te liberta?
Por que fixar cercas e limitar a lonjura da pena à fundura do umbigo,
se podemos mergulhar na via impossível do verso largo e de seu infinito?
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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Marlos Degani
- MARLOS DEGANI
- Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
- Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com
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