Os dias são seus; todos; suntuosos;
e não há um que caiba no meu plano,
o que restou depois do terremoto
do seu adeus mudo, mas que emana
o tremor do silêncio – travestido,
feito um rio por entre os dedos;
feito quase uma morte morrida
e seu nada, veloz, sem meio-termo.
Sob a terra que ainda se abre,
surgem penhascos que me escorregam
para o infinito do inferno
− o reino de uma paz ao contrário,
tirana, que cassa o meu mandato:
alma e corpo jogados no mato.
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