E deu a nona hora
quando a madrugada
veste a sua capa
e encerra a cota
dos anjos que te guardam:
é a vez do Diabo
e dos ferros das hordas
em brasas sulfurosas
que separam a alma
da falácia do corpo
e o que era sonho,
agora, é fantasma,
é sombra que delata
a densa maquiagem
que em toda fracassa...
E frágil foi a máscara
e forte o desastre
do pior que ocorre
−
a dor que nem a morte
ou mesmo o Crispado
podem, porque é dela
a voz, a majestade
da noite que governa
o breu desta saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário