Não há condições. Hoje pulsa algo
mais urgente
Do que a sandice de qualquer
métrica. Não hoje.
Não agora que a volúpia fremente da
sua presença
Reverbera decidida por entre os
vazios do meu corpo
E adere ao plasma da minha alma: não
é somente a carne
Que deseja a sua majestade e tudo em
mim exige você,
Pedaço por pedaço, segredo por
segredo, anseio por anseio...
E quem mais poderia trazer do meu
coração descompassado
Os ecos da única palavra que, enfim,
sobrou no dicionário?
Meu verso se derrete e escorre nos
contornos do seu desenho
Tão nítido e solto à minha volta
feito um sonho acordado
Entre os intervalos do dia, cada vez
mais raros e sedentos.
O que pode ser mais asfixiante? O
seu feromônio que vem
Num vento quente e veloz, mesmo
distante? Ou que esta urgência,
Quando o sol entra em cena, vira
fuligem que sobe e se espalha
Pelo espaço faminto na boca do
buraco negro da realidade?
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