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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

NEBLINA




 Não faço poemas

munido da crença

de me libertar

de alguma chaga...

Não daria certo

pois quando escrevo

a isca do verso

desce o poema

com os meus fantasmas

e juntos à mesa

bebem num só trago

a minha represa.

Depois vão embora.

E toda vertigem

voa na fuligem

do breu da aurora.
 
 

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com