Há quem possa imaginar
um inusitado encontro
quando, da noite, a calada
ruge seu mais silencioso
e ensurdecedor estrondo:
os cochichos asfixiados
− os dum corpo em outro corpo −
de mil mortes ressuscitadas.
Há quem possa arquitetar
o poema e reunir
− entre versos de uma fábula −
o que não quer ser reunido,
o que não pode ser completo:
a carne e o alfabeto.
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