Você pediu uma poesia
daquelas de outrora,
quando a paixão ardia
nos flancos insanos da aurora;
uma, talvez, jocosa,
repleta de ternura,
na paz fabulosa
da mútua mordedura.
Não faço mais versos
desnudos ou acabados,
não teço a harmonia
do que, um dia, foi intensa alegria.
Mas danço sua canção
no compasso de quem espera,
como sangue ao coração,
o inverno voltar a sorrir primavera.
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