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quinta-feira, 29 de maio de 2014

NADA



Se já não bastasse esta saudade

ácida (a irromper as ilhargas,

uma, de escápula a escápula,

que reduz tempos na tua imagem

de sorriso generoso, mais doce

do que o mel mais doce desta Terra

e que, língua em língua, reverbera

meus ais tremidos pelos horizontes,

feito se meus desejos estivessem,

todos, ajoelhados numa prece

suada, misto de muito com pouco,

que os deuses fazem ouvidos moucos),

ainda preciso seguir... Tristonho,

pois não me deixam ter-te. Nem em sonho.
 
 
 

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com