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quinta-feira, 16 de maio de 2013

METÁSTASE




A cada dia que passa
o horror da tua falta
corcoveia no inferno
oco onde não há eco.

E de que serve a alma
se é o corpo que pede
a compressa delicada
do calor da tua pele?

Na clausura deste vácuo
a morte não é unguento
porque não há passamento
ou de Deus ou do Diabo

que preencha o buraco
negro e esfomeado
da carcoma da saudade
este coma, esta carne

 estrangeira, infiltrada
 que se torna majestade
 e decreta que a vida
  mora na tua metade.

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com