É uma sina maldita
da vida, esta mania
rara de ver-te mais nítida
de fora da tua mira
neste terreno longínquo
sem metro para medi-lo
sem eco a ser ouvido
sem fim e sem infinito?
Teu portador, uma brisa
temperada e alquímica
que doma o ar, esquina
a esquina. E acima
e abaixo e crescida
espalha um alarido
motivado e movido
pelo teu perfume cítrico
mel ácido destemido
que meu corpo contorcido
inala feito um vício
poderoso e ubíquo
pelos sete orifícios
do rosto (um quase rio
quase cheio do vazio
afogado do meu cio)
que anseia a morfina
da tua paz tensa. Lívida.
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