Será que sabes desta agonia
que, ligeira, transmuta o meu sangue
(numa intumescida alquimia)
a partir do efusivo instante
em que surges, ampla e cintilante,
por entre os vazios do meu dia,
entorpecendo-os − à revelia −
com o teu elixir paralisante.
Lateja nos ramais das minhas veias
um rio − de tirana correnteza −
tenso − de lava e de labareda −
que atiça a febre dos gametas.
Quero o teu tudo − todo − imerso
no mar do meu gozo e do meu verso.
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