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quarta-feira, 5 de março de 2014

LASTRO

                                         A Sandra, ouro.

 Quando me ajoelhei aos teus pés

não o fiz somente pelo perdão

− o que de boca seca, coração

acelerado, feito uma prece,

e todo em frangalhos te pedi − ,

mas também para que, enfim, pudesses

notar o tanto que sou pequenino

de frente desta tua luz silvestre.

Sim... Foi grande o pavor que senti

quando vi o tamanho do estrago

que fiz: os teus olhos se apagaram!

E sem saber de nada te servi

de um único e último grito:

− Te amo. Até Deus fica bolado.
 
 

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com