Pode ter vez que, dentro da gaiola
do poema, o poeta consegue
pelo menos esquivar-se dos golpes
diretos e indiretos do verso
por um tempo maior e que permite
− ao poema e também ao poeta –
a interseção do que não existe
e que basta para zerar a reza.
Tem vez que o poema dá a falsa
impressão de que aponta um norte...
Não: a pena é que está mais forte
ainda que não sirva para nada
(mesmo nesta hora que só nos resta
é [trazer] o fantasma da caverna).
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