Tem vez que eu abro um documento
− na tela de mil entretenimentos
a fim de teclar algum verso bêbado
que tenha caído no pensamento –
mas não digito nada: minimizo
o arquivo em branco, sem batismo
e sem alcunha que o justifique
− já evaporou o que não existe.
E, pois, mesmo mudo ali na barra
atrai o meu olhar e tripudia
sobre a minha falsa harmonia
que se foi veloz farejar o rastro
etílico daquele decassílabo
no meio do alambique dos fatos.
Mais um lindo Poema Poeta Marlos Degani! Carinhos
ResponderExcluir