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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SEM FIM

Esse teu jeito
de mal-amada
desafia meus poros,
todos, um a um,
pêlo a pêlo.

Tua marquinha de praia,
teus seios pequenos,
teu tudo pequeno
se agiganta em mim
feito tua alvura de marfim.

Eu te poria de quatro,
de supetão morderia
tuas bundas, desceria aos pés,
mergulharia às ilhargas. Não pararia.
Te poria do avesso e te chamaria

de puta, de cachorrinha, enrolaria
meus dedos nos teus cabelos (te puxaria)
e, de perto, navegaria na tua língua
até o ar se extinguir em quero assim,
em venha aqui caralho, em goze em mim!

Depois do infinito, te acordaria
em lambidas na tua vagina, profundas,
passaria pela tua divisa, teu ânus
cor-de-rosa, fechadinho, e, frenético,
subiria para sugar todo o teu gozo inédito,

colheria teus urros, sangraria sobre
tuas unhas cravadas no meu dorso,
te chamaria de única, molharia teu lençol
arrumadinho, despertaria os vizinhos
atordoados, debruçados nesta manhã alvissareira.

Te roubaria uns beijos,
reiniciaria o que nunca foi fim;
roubaria outros beijos,
outros escondidos segredos
e te ressuscitaria, de novo, para mim.

Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com