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sábado, 8 de junho de 2013

PERPÉTUA



Os dias são seus; todos; suntuosos;
e não há um que caiba no meu plano,
o que restou depois do terremoto
do seu adeus mudo, mas que emana

o tremor do silêncio – travestido,
feito um rio por entre os dedos;
feito quase uma morte morrida
e seu nada, veloz, sem meio-termo.

Sob a terra que ainda se abre,
surgem penhascos que me escorregam
para o infinito do inferno
− o reino de uma paz ao contrário,

tirana, que cassa o meu mandato:
alma e corpo jogados no mato.

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com