(Manhã sem o Poeta)
O poeta deixou uma neblina
de cerração chumbo e de
abismo
− um clarão bege claro
e vestido
de azul cobalto breve e
nimbos
que tecem seus bordos −
quase tecidos.
Este céu é um doce
pergaminho
onde o poeta, amarelinho,
tinge sua ode ao
infinito.
O sol atira na fronte
da nuvem...
Vem cinza, vem oliva e
vem lúmen
da crosta matutina que
começa
feito se fosse um mudo
alerta:
tudo passa um dia
passará.
E o poeta foi. Para
ficar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário