Eu tive de trazer você
comigo,
seus cheiros muitos que
vêm por detrás
do meu cangote e que se
espalham
pelos pelos do rosto
contorcido;
e descem ferozes aos
meus mamilos,
vão e voltam. Entram e
saem rápidos
nos dois buracos das
minhas narinas,
entre mil calafrios de
saudades.
Eu tive de trazer você em
partes
e em várias das partes
do meu corpo,
feito se eu carregasse
um sonho
que recusa ter linha de
chegada.
Eu trouxe seu hálito, seu
jardim
e sua neve quente. Só.
Em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário