O meu próximo poema não
mora
comigo. Não me habita
ainda.
Sei, tão só, que fiz
dele meu herói
e é bem-vindo quando
sua brisa
acosta o batente da
janela
que, por ele, sempre
está aberta.
E se vem é de um jeito
somente:
uma lufada breve, mas
fremente,
e treme e deixa bem
avisado
ao poeta de mil versos
versados
− Sou um pé de vento de
um poema
e não há quem tenha uma
algema
capaz. Como prender o
infinito?
Se ele disse assim,
está dito.
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