O forno do meu verso
quer assar
o trigo podre das
mesmas palavras
sempre quase poucas –
são desse mundo
onde muitos temem o
absoluto
dos tudos que se
resolvem à fórceps,
por meio de uma brutal
cesárea
que faz natimorto o
outro lado
do verbo, um infinitivo só.
Dentro da minha quase
poesia,
o silêncio pode ser
soberano,
pois mesmo mudo, o
timbre do signo
pulsa na engenharia do
pranto.
Esfrio o meu forno com
um trago...
Aprendi: bebo fel e não
engasgo.
Ainda bem que sua quase poesia, quase nunca se cala, quase nunca esta morta - totalmente...
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