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sábado, 8 de março de 2014

MISTÉRIO DO PLANETA



Pode ter vez que, dentro da gaiola

do poema, o poeta consegue

pelo menos esquivar-se dos golpes

diretos e indiretos do verso

por um tempo maior e que permite

− ao poema e também ao poeta –

a interseção do que não existe

e que basta para zerar a reza.

Tem vez que o poema dá a falsa

impressão de que aponta um norte...

Não: a pena é que está mais forte

ainda que não sirva para nada

(mesmo nesta hora que só nos resta

é [trazer] o fantasma da caverna).
 
 

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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com